Dia de Nossa Senhora do Carmo - Padroeira do Forte de Coimbra
Forte de Coimbra (MS) – No dia 16 de julho a comunidade de Forte de Coimbra celebrou o Dia de Nossa Senhora do Carmo, Padroeira do Forte.
Por mais de dois séculos, a celebração do dia da Padroeira do Forte cultua a fé e mantém vivos, relatos que comprovam manifestações da Santa em dois episódios decisivos paraa garantia da soberania brasileira naquela localidade.
O Forte Coimbra foi construído em 1775, às margens do Rio Paraguai, situa-se entre morros, pouco acima onde existe o marco da tríplice fronteira – Brasil, Paraguai e Bolívia – entre os pantanais de Corumbá e Porto Murtinho.
Acredita-se à Nossa Senhora do Carmo milagres ocorridos durante as batalhas contra espanhóis e paraguaios, em 1801 e 1864, respectivamente. Na primeira batalha, a Santa teria livrado a guarnição militar do Forte, que contava com 110 homens, cinco canoas e três canhões, de um massacre no dia 17 de setembro de 1801, quando o exército espanhol formado por 600 homens, navios e 30 canhões, tinha ordem de ocupar o lugar na disputa pelo território com Portugal. Após nove dias de batalha, os espanhóis venceram, mas, bateram em retirada ao verem a imagem da Santa na entrada do Forte.
A segunda manifestação ocorreu durante a Guerra do Paraguai. No dia 28 de dezembro de 1864. A tropa paraguaia, com 3,2 mil homens, 41 canhões, 11 navios e farta muniçãocercou o forte. Os brasileiros, com 149 homens, resistiram até o segundo dia, quando um soldado exibiu a imagem da Santa na muralha do forte e os inimigos suspenderam o fogo, permitindo a fuga dos sobreviventes.
Atualmente e como uma representação desta passagem histórica, uma imagem em concreto da Santa se destaca na mesma muralha. Em atenção às medidas preventivas de proliferação do Coronavírus e, tendo em vista o período de pandemia vivenciado no corrente ano, foi realizada apenas uma cerimônia religiosa restrita aos moradores de Forte de Coimbra, a qual foi conduzida pelo Capelão Militar da 18ª Brigada de Infantaria de Fronteira, 2º Tenente Edivaldo da Silva Pinho.
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