Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
Início do conteúdo da página

cmo0

 

Comemorações dos 150 Anos da Retirada da Laguna - 2016/2017.

Campo Grande (MS) – Militares, instituições civis, pesquisadores, professores integrantes do "Projeto 150 anos da Retirada da Laguna", jornalistas e convidados reviveram, nos dias 22 e 23 de setembro, um dos episódios da Guerra do Paraguai (1864-1870), durante a "12ª Jornada Cultural da Retirada da Laguna", nos municípios de Jardim, Nioaque e Anastácio (Porto Canuto), no interior de Mato Gorros do Sul. A atividade, com o objetivo de promover o estudo e a divulgação do evento histórico da Retirada da Laguna e das Operações Bélicas ocorridas na Província de Mato Grosso, durante a Guerra da Tríplice Aliança, faz parte das "Comemorações dos 150 Anos da Retirada da Laguna - 2016/2017", sob a coordenação geral do Centro de Análise e Difusão do Espaço Fronteiriço (CADEF) / Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS).

A retirada foi um episódio ocorrido com uma coluna que saiu do Rio de Janeiro em 1865, reforçada em Uberaba (MG), contando com aproximadamente três mil homens, chegou em Coxim (MS) após percorrer dois mil quilômetros a pé e em Miranda (MS) em setembro de 1866. Em janeiro de 1867, assumiu o comando da coluna o coronel Carlos de Morais Camisão, contando apenas com 1.680 homens, invadiu o território paraguaio até Laguna, nas imediações de Bela Vista (MS).

Em abril, afetada pela falta de alimentos e por doenças como o cólera, o tifo e beibéri, a coluna brasileira foi obrigada a retirar-se e passou a sofrer constantes ataques da cavalaria paraguaia, passando por Bela Vista e Nioaque, chegando, em 11 de junho de 1867, a Porto Canuto, município de Anastácio (MS), onde terminou a heróica e inesquecível Retirada da Laguna, reduzida a apenas 700 homens, vencidos pela fome e pelas doenças.

Esse episódio, narrado pelo Visconde de Taunay, o então engenheiro militar Alfredo Maria Adriano d'Escragnolle Taunay, foi relembrado com uma encenação que começou em Jardim-MS, no dia 22 de setembro, com a visita ao Cemitério dos Heróis (tombado pelo Ministério da Cultura como Patrimônio Histórico Material do Brasil, em 30 de agosto de 2016). Estiveram presentes descendentes de José Francisco Lopes, o "Guia Lopes", sendo eles Renato Francisco Lopes, Basílio Lopes e Deolinda Corbelino Melges.

Após a passagem por Jardim, a jornada continuou com a travessia do Rio Miranda e trilha para Fazenda Jardim, onde foram realizadas encenações com a participação de 40 militares da 4ª Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada (4ª Cia E Cmb Mec).

No dia seguinte, ocorreu a encenação na Praça dos Heróis (explosão da igreja), na cidade de Nioaque-MS, com a participação de 70 militares do 9º Grupamento de Artilharia de Campanha (9º GAC) e 50 civis. Para encerrar, foi realizada a visita ao Porto Canuto, onde existe um marco para relembrar o fim da Retirada da Laguna.

Para o Chefe do Estado-Maior do Comando Militar do Oeste, General de Brigada, José Carlos Braga de Avellar, a jornada é uma oportunidade de reviver a história e aprender com ela. “É muito importante para nós e toda sociedade visitarmos a nossa história, verificar os erros e acertos que foram cometidos, além de enaltecer o trabalho daquelas pessoas que trabalharam naquela época para construir o país que temos hoje, com valores, patriotismo e cidadania”, comentou o General.

O Diretor do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx), General de Brigada, Severino de Ramos Bento da Paixão, a Retirada da Laguna mostra o que o povo brasileiro é capaz de fazer até mesmo nos momentos mais difíceis. “A Retirada da Laguna representa o sacrifício, o esforço do nosso povo, seu valor perante as dificuldades e isso serve para lembrarmos que podemos, sim, vencer os obstáculos”, explicou o diretor.

O Chefe do Centro de Estudos de História Militar do Exército (CEPHiMEx), General de Brigada, Marcio Tadeu Bettega Bergo, falou da importância de relembrar episódios do nosso passado para quem pode fazer a diferença no futuro do Brasil. “Todas as Nações, Estados, povos tiveram, ao longo dos milênios da humanidade, atividades de conflitos para a formação de seus territórios. As pessoas precisam saber que o País não nos foi dado, ele foi conquistado, por isso é importantíssimo os jovens virem no local que a história aconteceu, verem a encenação de momentos terríveis e usar isso como exemplo de amor a Pátria, de dedicação, de esforço na construção do País”, finalizou.

 

cmo2

 

cmo3

 

cmo4

 

cmo5

 

cmo6

 

cmo7

 

cmo8

 

cmo9

 

cmo10

 

cmo11

 

cmo12

 

cmo13

 

cmo14

 

cmo15

 

cmo16

 

cmo17

 

cmo18

 

cmo19

 

 

 

 

 

 

 

 

registrado em:
Fim do conteúdo da página