As Forças Componentes, Aérea, Terrestre e Naval atuam intensamente na Operação Pantanal II
2 de agosto de 2024 - A Operação Pantanal II é uma ação coordenada pelas Forças Armadas do Brasil, envolvendo a Marinha, o Exército e a Força Aérea Brasileira em uma operação integrada para combater incêndios e prestar apoio logístico na região do Pantanal. A operação é organizada sob o Comando Conjunto Pantanal II e segue a Doutrina de Operações Conjuntas, que harmoniza os processos de emprego e as particularidades técnicas de cada Força.
Coordenada pelo Comando Conjunto, as ações se subdividem em quatro Forças Componentes que são: Naval, duas Terrestres e Aérea, realizando ações sincronizadas a partir de um comando operacional único, responsável pela coordenação das ações e o aperfeiçoamento da interoperabilidade, evitando a duplicação de esforços e favorecendo a redução de perdas.
Cada Força Componente tem sua peculiaridade e modo de atuação. A Força Terrestre Componente JAURU (FTC JAURU) abrange a região de Mato Grosso, sediada em Cuiabá-MT, e a Força Terrestre Componente PANTANAL (FTC PANTANAL), responsável pelo Mato Grosso do Sul, em Corumbá-MS. O objetivo das FTCs é a coordenação de viaturas, hospedagens, refeições, apoio logístico, instalações de antenas e rastreadores, como a Base JAGUAR, próxima ao km 100 da Rodovia Transpantaneira, criada especialmente para essa operação.
A Força Naval Componente (FNC) está instalada no 6º Distrito Naval, com diversas embarcações disponíveis para a operação. Dentre elas destacam-se os navios “Esperança do Pantanal” e “Barão de Melgaço”, que fornecem apoio logístico de alimentação e hospedagem aos combatentes do fogo nas regiões de Porto Conceição-MT e proximo à Fazenda Santa Tereza no MS. Além disso, seus brigadistas atuam diretamente no combate ao fogo na Área de Instrução do Rabicho-MS, da Marinha do Brasil.
A Força Aérea Componente (FAC) atua a partir do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) em Brasília. A FAC controla o espaço aéreo na área de operações, fornece apoio logístico através de transporte aéreo para outras agências e realiza ações de combate a incêndios em voo. Para isso, foi mobilizado o KC-390 Millennium para o combate a incêndios e aeronaves de asas rotativas da Marinha, Exército e Força Aérea, para prestar o apoio logístico aéreo na região. Além disso, o RQ-900 Hermes, Sistema Aéreo Remotamente Pilotado (SARP), está sendo utilizado para identificar pontos de calor, auxiliando no planejamento das ações coordenadas pelo Comando Conjunto.
Até o momento, a FAC coordenou mais de 300 horas de voo, incluindo apenas as aeronaves das Forças Armadas que estão sob sua jurisdição. Ao todo, são 8 aeronaves sob essa coordenação, sendo empregados os seguintes helicópteros: H-60L Black Hawk, da Força Aérea Brasileira, UH-12 Esquilo e UH-15 Super Cougar, da Marinha do Brasil, e HM-1 Pantera e HM-3 Cougar, do Exército Brasileiro. Foram lançados, principalmente pelo KC-390, mais de 700 mil litros de água nos incêndios da região. Além disso, mais de 89 toneladas de equipamento e mais de mil brigadistas foram transportados para apoiar as ações na área.
“O fogo se espalha muito rapidamente nesta época de seca, e muitos locais são de difícil acesso. Por isso, o trabalho realizado pela FAC é fundamental, tanto no combate aos incêndios em voo quanto no apoio logístico, reduzindo o tempo de resposta das equipes de brigadistas nas regiões de difícil acesso", declarou o Comandante da FAC, Brigadeiro do Ar Alessandro Cramer.
Oração Pantanal II - O Comando Operacional Conjunto Pantanal II foi ativado no dia 27 de junho, por meio da portaria 3.179, assinada pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro. Com essa medida, as Forças Armadas, Marinha, Exército e Aeronáutica somam esforços para combater os incêndios na região do Pantanal, pelo período de quatro meses. As atividades do Comando Conjunto estão sob a responsabilidade do General de Exército Baganha. As ações são desencadeadas nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, contando com seis helicópteros, dois aviões, embarcações e viaturas para transporte de militares, brigadistas e equipamentos, além de meios que garantam suporte a todos os envolvidos.
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